Liberdade
Procurei sentir-me livre.
Senti as amarras de querer ser a melhor mãe, a melhor filha, a melhor profissional... a melhor amiga, um sem fim.
Reclamei que me sentia presa e não vi o quanto prendi. O quanto exigo dos que me rodeiam.
Hoje entendo que serei livre ao libertar, primeiro que tudo permitir-me que não sou a melhor cabeleireira do mundo, que estava a ficar uma esposa chata demais: tenho que sorrir mais com o meu companheiro e soltar mais a minha filha, não lhe incutir estes meus medos de adulta chata! Por aí fora, tenho tanta amarra para soltar, como posso exigir aquilo que não estou a dar com a desculpa de que é amor?
Onde foi que me esqueci que fui uma criança tão viva, que arriquei tanto, que o melhor da vida é experenciar.
Obrigada filha por me vires lembrar que eu não estava a respirar!
Um desabafo, um lembrete a quem, como eu, aos poucos se foi fechando!
Mais amor no coração para todos nós.
Joana Oliveira