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P`los cabelos

P'los Cabelos nasce da minha vontade de chegar a mais pessoas que não só as que se sentam na minha cadeira do salão. Um dia no salão, entre clientes e amigas, brinquei que o faria e aqui estou!

P`los cabelos

P'los Cabelos nasce da minha vontade de chegar a mais pessoas que não só as que se sentam na minha cadeira do salão. Um dia no salão, entre clientes e amigas, brinquei que o faria e aqui estou!

25
Jan21

A magia da vida..

Eu tenho cá uma sorte! 
Que sempre acreditei nos contos de fadas! 
Durante anos esqueci o sentido figurado disso tudo, e perdi a minha magia.

Perder os sonhos, a felicidade, o acreditar no belo, trouxe-me problemas de saúde, dificuldades financeiras, deixei de olhar o céu, de sentir quando o vento me bate e até a chuva me irritava. 
Sem vermos o sentido figurado, somos incapazes de sentir o que não se explica, a alquimia dos elementos 

Acredito que perdi isso em mim por alguma razão, como poderia eu entender quem fica magoado anos, com sentimentos congelados, se eu mesma não tivesse ficado, esse veneno em mim que me fez células cancerígenas e me minou o útero, sabiam que o nosso útero fala sobre a nossa vontade de segurança na Terra? A vossa vontade de trabalhar, de ter uma casa, uma familia?

Talvez a minha linguagem tenha voltado a ser demasiado sonhadora, mas eu preciso de puxar essa magia em mim, estive demasiados anos sem a usar! 
E o problema da humanidade é que estamos a ser todos dominados pelo medo, a uma velocidade estonteante! 
Ser adulta ensinou-me que eu não tenho que fazer uma escolha, não dá para não ter medo, faz parte de nós a dualidade! 


O possível é escolher o foco que damos ao sentimento que vem! 

Fingimos durante demasiado tempo que a dualidade não existia e escolhemos extremos que nos afastaram uns dos outros, como se, de uma guerra se tratasse!

 
Fazer uma escolha é ter consciência dos dois lados e ficar no nosso centro! 
Respirar mais, descarregar com exercício ou com arte, pintar, costurar, dançar, cantar, tanta coisa!

Estar fechados em casa faz-nos sentir isolados, esquecidos, sozinhos! Numa era em que temos o conhecimento na ponta dos dedos, e eu sei que muita formação se paga mas eu fiz tanta de graça no YouTube! Tanto telejornal que eu não vi,onde só fala do que está menos bem, para aprender como se chega ao melhor dos sentimentos, tanto trabalho que tive em procurar as palavras mais positivas para substituir as negativas que usava sem noção. 
Vezes sem conta de que me sentei a tentar meditar e me irritava com as vozes que ouvia e mal conseguia continuar.. 

Continuei porque as pessoas que mais admirava diziam que era este o caminho, e que ele era difícil no início, e é mesmo! Bate o nosso orgulho, a nossa vergonha de falhar, temos a crença que ser vulnerável é menos bom para nós. 

Sabem.. deixem-me dizer. Eu sei que muita vez vem a inveja, esse é dos primeiros espelhos que tens que olhar e ver que também querias estar "naquele" lugar.. ela faz-te trabalhar o merecimento. É normal, o nosso povo já nem se lembrava de como pode ser bom, já só falamos de saudade!

 
A magia que falo é a cabeça erguida, até se estiveres deitado no chão, figurado ou não, observa, está escuro? Logo chega a luz, sempre amanhacece, nada é permanente porque o nosso coração bate!

Acredita!!❤️

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20
Jan21

Auto-conhecimento

O que te traz o auto-conhecimento?
Vou falar de mim. 
Quanto mais me conheço mais sei definir os meus vários lados, porque embora eu seja a mesma pessoa eu tenho que saber "estar" nos vários sítios que preciso. 
Não vou ter as mesmas atitudes ou gestos em casa ou no meu local de trabalho, em casa até gosto de me sentar no chão! Toda torta! No salão gosto de ter uma atitude profissional, costas direitas, por exemplo.
A Joana mãe é diferente da Joana amiga, não vou  falar com a minha filha de 5 anos as mesmas coisas que vou falar com as minhas amigas, com elas, com o meu irmão e marido eu estou de igual para igual com a minha filha não, nem com a minha mãe ou patrões, hierarquicamente eu tenho de saber o meu lugar, para a Maria(minha filha) vim antes, para a guiar, até que ela faça escolhas em consciência, já com a minha mãe eu tenho que respeitar que ela chegou antes de mim e viveu noutro tempo com outras oportunidades, por mais que eu compreenda eu nunca vou chegar ao lugar dela.

O problema é que eu, Joana, fiquei meio perdida na infância e busquei compensar a falta do meu pai nas minhas relações, namorados e patrões, e a compreensão da minha mãe nas minhas amigas e colegas, não sabia que quando crescemos temos que procurar ser maduros para saber onde estamos e o que esperar das pessoas. Essa expectativa elevada sempre nos magoa.

Fora de casa não existem os nossos pais, mas eles vão connosco no que nos ensinaram, e até nos erros que cometeram, por termos esse conhecimento não precisamos de voltar a cometer o mesmo erro, se soubermos olhar para ele e aceitar que a pessoa fez como sabia, com as ferramentas que tinha e agora Adulto: chegou a tua vez de fazeres a tua parte. 
Eu Joana, procurei ajudar para aceitar o que em criança vivi, e senti, para ter ferramentas para ser uma adulta, é duro mas nesta fase só nós podemos cuidar de nós, chega de culpar o passado, é olhar para o que somos, o que queremos ser e procurar ferramentas para o que não soubemos mudar. A cada novo passo mais um tempo que demora, cada passo é lento para nós, mas o universo não tem tempo e quando olhamos para trás passou a correr.

Quanto mais te conheces mais te permites ser único. A tua individualidade vem do conhecimento das tuas capacidades, da aceitação das tuas raízes e do que decides, agora,para o teu futuro. A todos os momentos estás a fazer escolhas.. até quando arrumas a tua casa, vai aos poucos, toma pequenas decisões até que um dia és suficientemente forte para mandares na tua vida.

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15
Jan21

O começo... (quarentena parte 2)

O meu primeiro sentimento é a revolta, revolta porque tenho que fechar, revolta porque o meu corpo me pede descanso e eu preciso de trabalhar.. e um queixume.. "quem se lixa é o pequeno", "e o pessoal fartou-se de fazer festas agora quem se lixa sou eu", enfim..

A minha sorte, a minha benção, é que eu acredito em algo maior, então começam outras questões, lembro-me que tenho estado a suster a respiração e inspiro, lentamente, l-e-n-t-a-m-e-t-e, ouço-me o meu corpo e com isso puxo-me para cá, para longe dos medos que tenho do que ainda nem aconteceu, eu sei que só me posso salvar AGORA, ao não me deixar ir.

Procuro questionar algo que só se sente, certezas ninguém nos dá, é que só questões abertas poderão trazer-me as respostas que tanto quero.

Os movimentos da alma são lentos e eu vou ter tanto tempo, cabe-me a mim arranjar espaço para os ouvir e não me encher de tarefas ou deixar cair a inércia. 
Lembro-me da minha avó, dos ditados populares.

Eu não sou uma vítima, vim a esta escola da vida para trabalhar a minha essência e há uma guerra interna porque ela sente que não a escuto e eu sinto que estou só...

Bem-dito conhecimento que me salvas, vou só ali respirar, acalmar-me e questionar o que é esperado de mim AGORA! 

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PS- o truque é não responder! É procurar sentir um pouco de paz e lembrar de algo para fazer que nos deixe bem. A vida faz o resto da magia.

07
Jan21

Querida filha

Querida filha.

A mamã acredita numa nova era!

Um mundo transformado onde o ser humano se cura, a ele próprio, porque aprende a olhar para ele mesmo e, apenas a olhar para os outros, para se ver a si mesmo.

Um mundo onde já todos entendemos de energia, vibração, auto-conhecimento.

Mas esse mundo está a nascer à pouco tempo e como é tão novo temos que ser resilientes. 

A mamã percebeu, quando tu nasceste, que para saber a mãe que queria ser, tinha que olhar para a sua própria mãe, e parar de a julgar. A mamã percebeu, pela primeira vez, e conscientemente, que a julgava, não se lembrou que o tempo e a base da avó Lu foi outro. E que, talvez por o avô não ter estado tão presente, a mamã se achava a companheira da avó e por isso, tão adulta quanto ela. Mas não era verdade. 

Hoje a mãe sabe que a avó e o avô fizeram com a mãe o melhor que sabiam, e aquilo que eu não compreendo tenho que procurar ajuda para o compreender, porque hoje sou adulta e cuido do meu bem estar interior, tive que rever vários momentos da minha vida e sei que é um trabalho contínuo, eu tive pressa porque queria tê-lo feito antes de cresceres, para que não vivesses as minhas dores, mas tu estás  crescer muito depressa e as dores são difíceis de gerir, é preciso tempo para não afundar demais. 

E foi aí que a mamã entendeu que a nova era vai demorar mais do que pensava, para se verem resultados, porque nem sempre consigo dizer-te o que podes fazer (em vez do afirmar 500x o que não podes). Eu estou a aprender a trocar o meu vocabulário, a ter ferramanentas e a dar-te ferramentas, pelo meu exemplo, pelo meu sentir.

Aceitei depressa que estamos mais ligadas do que imaginava, e que reages logo ao que sinto, mas demorei para saber como mudar isso para não refilar tanto contigo.

Mas hoje vi-te agitada demais, sabia que eu estava muito stressada e sei que mo estavas a reflectir.

Sentei-me, em posição de meditação, e entreguei-me a uma meditação guiada do YouTube, disposta a uma entrega total, por ti! Na tentativa de te acalmar a ti, porque essa coisa de que temos que fazer primeiro por nós ainda não está entranhada! E, à medida que eu relaxada, tu aninhaste-te no meu colo, largaste o telemóvel, sem eu pedir, e adormeceste. 

E eu tive a certeza que não era o cansaço, era o meu stress que não te deixava dormir. Assim como quando eu não ando bem e tu ficas doente para que agente vá descansar para casa. 

Acredito num mundo onde os pais entendem esta responsabilidade, e tratam deles primeiro, mas nós estávamos muito loucos filha! Todos! Muito fora de nós, a dar valor a coisas muito materiais e desconectados de nós mesmos.

Quando tento dizer aos outros que os filhos estão doentes porque eles andam a brigar, ou stressados no trabalho, na vida, enfim, as pessoas ainda não aceitam este conceito, esta responsabilidade.

Vai demorar. 

Talvez, quando tu fores mãe, os humanos entendam que são autênticas "máquinas", ligadas umas às outras, primeiramente à familia, depois à sociedade e depois ao colectivo. 

Mas vamos lá chegar, e um dia, se precisares de terapia para tratar aquilo que te magoei só espero que vejas rápido o quanto te amo, eu e o pai, e que fizemos o nosso melhor! 

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